Cidade de Marechal - Alagoas
- Angela Francklin
- 10 de abr. de 2017
- 3 min de leitura
Quando se pensa em Alagoas, as primeiras imagens que nos vêm à cabeça são as paradisíacas praias com as diferentes colorações de tom de azul, porém, é importante deixar claro que aquele Estado é muito mais do que belas praias. Alagoas possui uma vasta e importante história, e, atrás dela, fui parar na cidade de Marechal Deodoro, lugar onde, no dia 05/08/1827, nasceu aquele que seria o primeiro Presidente da República do Brasil. Se você estiver de carro, e quiser fazer dois passeios no mesmo dia, a minha dica é: no dia que for à Praia do Gunga, aproveite a volta para conhecer a cidade de Marechal.
A distância entre a Praia do Gunga e a cidade histórica é de 30 km, percorrida em aproximadamente 35 minutos. Quando estiver saindo da praia e pegar a AL - 101, fique atento à uma rotatória onde há um enorme monumento em homenagem ao Marechal Deodoro, e nesse ponto que você deverá seguir para a AL - 125. Vejam a foto do monumento:

A cidade foi fundada em 1611 com o nome de povoado de Vila Madalena de Sumaúna, e servia para proteger o pau-brasil do contrabando e da ação de piratas. Em 1636 foi criado o município que passou a ser chamado de Santa Maria Madalena da Lagoa do Sul.
Em 1817 passou a ser a capital da capitania de Alagoas, criada nesse ano. A capital da província de Alagoas passou para Maceió em 1839, e cem anos depois, em 1939, o nome da cidade foi mudado para o atual, em homenagem ao marechal Deodoro da Fonseca.
A entrada da cidade é muito arborizada, dando uma sensação de muita tranquilidade.

Seguindo a Rua 18 do Forte de Copacabana, que é a via de entrada da cidade, chegamos a uma praça bem arrumadinha e, no seu centro, há a Capela da Boa Viagem, que é uma igreja bem pequenininha e toda pintadinha de branca com seus portais e janelas em azul, lhe dando um charrme todo especial.

Seguindo pelas ruas de paralelepípedo, vamos observando as típicas casas sem varanda frontal com suas janelas e portas que se abrem diretamente para a ruam até chegarmos ao Palácio Provincial, prédio comprado a Francisco Fernandes Lima, no ano de 1836, para ser adaptado para o Palácio da Província, que serviu de sede do Governo Provincial até dezembro de 1839, quando a Capital da Província foi transferida para Maceió. Em 1860 serviu para hospedar a família imperial e sua comitiva. E, a partir de 1961 passou a ser sede da Prefeitura Municipal de Marechal Deodoro.

casas típicas de Marechal Deodoro


Palácio Provinciano

Busto em homenagem ao Marechal Deodoro
Do Ponto mais alto da cidade pode-se avistar a Lagoa Manguaba, que possui uma simpática orla onde os moradores passam o dia conversando ou vivendo da pesca. A cidade parece que realmente parou no tempo preservando um clima totalmente de interior e bucólico. Você irá perceber que o local não possui prédios, e que todo o serviço público é realizado dentro de casarios que foram adaptados.

A então antiga capital do estado de Alagoas, Marechal Deodoro reúne um vasto conjunto colonial formado essencialmente por igrejas e suas coloridas casas germinadas, e sem varandas. No ano de 2006, a cidade recebeu o título de Patrimônio Histórico Nacional, o que permitiu melhorias nas construções mais antigas que já estavam em ruínas.
Sem sombra de dúvida o complexo formado pelo Museu de Arte Sacra, Convento de São Francisco e igreja de Santa Maria Madalena, merece destaque, bem como o conjunto do Carmo totalmente restaurado. Completam o cenário as igrejas do Senhor do Bonfim e a de Nossa Senhora do Amparo; Também preservada está a casa onde nasceu o primeiro presidente do país, que dá nome à cidade.

Convento e Igreja do Carmo
A igreja Nossa Senhora da Conceição, está localizada na parte alta da cidade, próxima a Cadeia Pública. É uma igreja antiga e com traços na arquitetura estilo rococó. Foi nessa igreja que o Marechal Deodoro da Fonseca e seus filhos foram batizados.

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, foi construída no ano de 1777 como capela, mas, em 1834 foi ampliada pela irmandade do Rosário para ser frequentada por escravos e ex -escravos.

A cidade de Marechal foi realmente uma grande surpresa na viagem a Maceió, e vale muito a pena conhecer e explorar o local, ainda que ela não apresente uma estrutura turística.
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