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Visitando o Congresso Nacional da Argentina

  • Angela Francklin
  • 24 de out. de 2016
  • 4 min de leitura

Conforme prometi na minha postagem sobre o terceiro dia em Buenos Aires, vamos falar sobre a visita ao Congresso Nacional da Argentina, que vale muito a pena conhecer!

A cidade de Buenos Aires é um convite para caminhadas, e para chegar até a Plaza del Congreso, a melhor maneira é migrar para Avenida Mayo, que em uma das pontas fica a Casa Rosada e na outra, o Congreso Nacional. Avistando a bela cúpula verde do congresso, basta caminhar até ela, mas, se preferir ir de transporte público, o melhor meio é pegar a linha A do metro e descer na estação Congreso.

História

Vou falar rapidamente da história do prédio e prometo não ser muito chata, mas é que vale a pena saber das datas. Olhando para ele, com essa arquitetura e suas colunas, você imagina tratar-se de uma construção antiga, com muitos anos de história, correto? Errado! A história do prédio é bem recente e suas obras só se iniciaram em 1895, e sua inauguração, depois de muitos atrasos e aumento no orçamento, ela foi inaugurada em 1906, porém, só foi efetivamente terminado em 1946.


Tudo começou quando houve a necessidade de encontrar um lugar para a instalação do poder legislativo do país, já que com o passar dos anos o número de argentinos começou a aumentar e, consquentemente, o número de parlamentares também!


Horários e Dias

As visitas guiadas ao edifício do Congresso Nacional duram aproximadamente uma hora, são gratuitas e é possível conhecer tanto o plenário do Senado quanto o da Câmara dos Deputados.


Cada casa tem seu próprio sistema e horário de visitas, mas o percurso feito é o mesmo. Na Câmara dos Deputados, as visitas acontecem de segunda a sábado, nos seguintes horários: às 11h, 13h, 15h e 17h, e não é necessário fazer reserva, basta chegar 15 minutos antes e dirigir-se à entrada da Avenida Rivadavia, 1864, se você optar pelo Congresso. No entanto, se você escolher sua visita pelo Senado, o horário é às 12h 30min e às 17h, de segunda a sexta, e a entrada fica na Hipólito Yrigoyen, 1849.


Realizada a identificação dos visitantes, é hora de iniciarmos o passeio, e o trajeto será o da planta abaixo, podendo eventualmente ser alterado em razão de obras ou outros motivos.

O tour

O início da visita deu-se na Câmara dos Deputados, que só é visitada quanto não há trabalho. A guia nos mostra toda a sala contando um pouco da evolução do sistema de votação, de como ficam as galerias em época de votações importantes. A Câmara tem a forma de um semi círculo, como a do Senado, porém ela possui uma área muito maior e abriga 257 cadeiras. O salão possui três andares com balcões nas galerias. Todo o ambiente é recoberto de mármore de tom claro, e no teto um lindo vitral com o Escudo Nacional.

A foto acima mostra uma panorâmica do salão da Câmara dos Deputados, com as galerias, as cadeiras, e toda a decoração do ambiente.

As galerias da Câmara dos Deputados

O vitral

Nas duas fotos abaixo, temos os modelos de votação utilizados na Câmara dos Deputados. Na primeira, o sistema era composto por chaves que cada deputado para comprovar sua presença era obrigado a pegar a correspondente da sua bancada no quadro, e quando ele a colocava na fechadura existente na mesa, esta se iluminava no sistema. Esse modelo foi aposentado, e hoje existe um sistema de sensor nas cadeiras que identifica uma pessoa sentada nela.


O segundo salão a ser visitado foi o dos "Pasos Perdidos" que funciona como uma sala para a Câmara dos Deputados. Geralmente, ele é utilizado para acomodar a imprensa durante as sessões, atividades culturais, e é decorada com importantes pinturas históricas de grandes dimensões como "Los Constituyentes del 53", "El presidente Julio Argentino Roca inaugura el período legislativo".


Seguindo a visita, passamos para a biblioteca do Congresso que foi fundada em 1589, e o salão de leitura foi inaugurado em 1917. Atualmente ela possui 2.500.000 de obras e é considerada como a mais completa do mundo. Ela é toda em madeira italiana, e as pinturas simulam auto relevo. Dentro da biblioteca há um relógio de bronze e de madeira que pertenceu ao rei Luis XVI da França.

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Depois da biblioteca fomos para o "Salón de las Províncias" que recebeu esse nome por ser um amplo espaço onde estão 24 bandeiras que correspondem às províncias da Argentina. O lugar é passagem obrigatória pelo Presidente na hora de dirigir-se da entrada princial até a Câmara dos Deputados para o início do seu mandato ou para a abertura das sessões ordinárias que se realizam em 01 de março de cada ano. O teto, como em outros salões também possui um vitral francês.

Agora o salão a ser visitado é o "Salón Azul", aqui é que fica a cereja do bolo, pelo menos para mim, do passeio. Este são tem uma planta de oito lados que sustentam a imponente Cúpula do Palácio. Tudo é grandioso nesse salão: piso de mosaico vindos da Alemanha, mármores aplicados nas paredes, vindos da Bélgica, e Alicante, e enormes jarros de bronze. Do alto da cúpula pende "la Araña" (um enorme lustre) de uma altura de 65 metros, pesando 2.054 quilos. O lustre mede 5,20 de altura e 2,90 metros de diâmetro. Ela conta a história da argentina através de vários símbolos e alegorias. Em seu centro há cinco lampadas com forma de trigo e cana de açúcar que representam a principal fonte de renda da Nação Argentina naqueles tempo.

O próximo lugar é o "Salón Eva Perón". O tom rosado das paredes, toda acortinada e com tapetes foi escolhido por Eva Perón, como recordação da inserção da mulher na vida política. Esse salão foi a sala de reuniões das primeiras seis mulheres senadoras da argentina, em 1952. A decoração também recebe influencia de várias partes do mundo: piso da Eslovênia, cristais de Baccarat e seis bronzes. Nesse salão também está uma urna de cristal que guarda o sudário de Eva.

Para terminar o tour o último salão a ser visitado seria a Câmara dos Senadores, mas, não foi possível porque estava em reforma!

O tour leva aproximadamente um pouco mais de uma hora, e se você quiser deixar seu dia ainda mais proveitoso, aproveita para olhar as minhas dicas com relação ao terceiro dia em Buenos Aires, que mostra todo o roteiro pela região.



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