Museu do Açude - Rio de Janeiro

Fomos conhecer o Museu do Açude, localizado no Alto da Boa Vista, no Rio de Janeiro e nos surpreendemos com o que encontramos no local. Chegamos às 14h, e a temperatura estava muito agradável, perfeita para um passeio ao ar livre em meio a muito verde!

Pode-se chegar ao museu de carro ou de ônibus, mas o ideal é ir de carro, porque do contrário você terá que fazer uma caminhada de aproximadamente uns 20 minutos em um trajeto um pouco íngreme.

entrada do museu

O museu tem esse nome porque está localizado relativamente próximo a um Açude no parque da Floresta da Tijuca. Essa área da floresta da tijuca possui um grande número de casas e mansões que são datadas da primeira metade do século 20.

O museu possui uma área total de 150 mil metros quadrados de muito verde, e de muitas obras de arte espalhadas por seus belíssimos jardins muito bem cuidados. Nos jardins há vários bancos decorados com azulejos portugueses, e, claro o antigo casarão de propriedade de Castro Maya em estilo neocolonial.

pátio interno do casarão com leve influência romana

frente do casarão

vista do pátio interno do 2º andar da casa

entrada principal da casa

O casarão pertenceu à um rico empresário, e colecionador de arte, chamado Raymundo Ottoni de Castro Maya, que deixou a Casa do Açude, como ficou conhecida, para abrigar suas obras de arte. A casa é muito bonita e ao mesmo tempo de linhas simples, possui um lindo pátio central com uma leve inspiração romana, que é facilmente perceptível. O local, como falei mais acima, apresenta muita decoração com azulejos portugueses, como nas paredes, telhas, bancos, e tudo isso se deve ao fato de Castro Maya ser um admirador dessas peças.

escada de madeira dentro da casa com decoração em azulejaria

as telhas também são decoradas com tema português

A mansão ainda preserva vários mobiliários remontando alguns cômodos da antiga casa.

sala de jantar

Castro Maya recebia frequentemente seus amigos na residencia do açude para jantares e festas que ficaram famosas entre os anos de 1930 e 1940, como a célebre festa à fantasia do reveillon de 1937, cujo tema era o o Circo, e o não menos famoso jantar onde ele brindou seus convidados com uma apresentação do bailarino russo Sere Lifar. As recepções eram mais do que simples eventos sociais, cujos sofisticados cardápios eram escolhidos pelo próprio Castro Maya que supervisionava pessoalmente a cozinha. O requinte da sala de jantar pode ser observada nas paredes que eram decoradas com azulejos portugueses, nos cristais franceses, e na prataria da Companhia das Indias.

A cozinha e a copa bastidores e laboratório das espetaculares recepções oferecidas por Castro Maya, apresentam o elenco necessário para produções elaboradas. As talhas que garantiam água fresca e pura e a variedade recipientes para mantimento e preparação de alimentos, somados às panelas, pias, balanças e fogão, permitiam a realização de cardápios maravilhosos.

Nas fotos acima, estão o lavabo e o filtro, e abaixo: a lareira, as cadeiras antigas da mansão expostas nas paredes do segundo andar da casa, e as janelas com suas molduras, a sala de estar com as paredes revestidas com azulejos portugueses.

Já na parte externa da casa, há várias obras de arte expostas ao longo dos jardins, tornando um convite ao visitante percorrer os jardins e as pequenas trilhas no interior do museu.

Magic Square - Helio Oicitica Garota de Ipanema

A Passarela - Eduardo Coimbra

De acordo com um vigilante, quem quiser pode agendar previamente um piquenique no local, além claro, de outros eventos! O museu já serviu de locação para gravação de várias novelas.

Horários

Diariamente, exceto às terças-feiras, das 11h às 17h. Entrada franca às quintas. Fecha nos dias 1º Jan, Carnaval, 25 Dez e 31 Dez.

Estacionamento

Gratuito no próprio museu.

Ingresso

R$ 2,00

Gratuidade

Menores de 12 anos, pessoas com mais de 65 anos, grupos escolares, professores e guias turísticos em serviço, membros do ICOM e da Associação dos Amigos do Museu.

#museudoaçude #riodejaneiro #altodaboavista