Uma semana em Buenos Aires - 5 dia
- Angela Francklin
- 26 de out. de 2016
- 7 min de leitura
Meu quinto dia em Buenos Aires começou com um pequeno e rápido deslocamento de metrô até a estação Plaza Itália, na região de Palermo.

A Plaza Itália está localizada na Avenida Santa Fé, 4.000, no bairro de Palermo, e sinaliza o fim da Avenida Sarmiento. Neste local está a entrada para o antigo zoológico o prédio da Rural e também o Jardim Botânico. Na praça também está instalado o Monumento a Giuseppe Garibaldi, inaugurado em 19 de junho de 1904.

Ainda na Plaza Itália, há dois pontos que representam a Roma Antiga em Buenos Aires: a porta de entrada do Zoológico que é uma réplica do Arco do Triunfo do imperador Tito em Roma de 70 d.C., e, também, a Coluna del Foro Romano que, foi doada pela Prefeitura de Roma em 1955.

Depois de fotografar um pouco a praça, parti para o Jardim Botânico Carlos Thays e lá fiquei algumas duas horas para explorar as diversas áreas do parque, que é dividido da seguinte forma: 02 Jardins (romano e francês) e 06 áreas com a flora típica dos países de cada continente, além de 27 obras de arte espalhadas pelo espaço, além do prédio chamado de edifício central.

O edifício central do Jardim Botânico foi projetado por um engenheiro de origem polonesa, e possui um simetria perfeita e simplista, e sua construção ocorreu entre abril e dezembro do ano de 1881, e sua arquitetura destaca-se pelas quatro torres que dão um aspecto de castelo inglês. Atualmente ele é a sede da administração do jardim botânico, incluindo as áreas técnicas, educativa, ambiental e administrativa.


Passear pelas áreas do jardim botânico é esquecer-se completamente da vida corrida do entorno do local. Apesar do dia um pouco chuvoso, deu para curitr o passeio econhecer os jardins.







Do Jardim Botânico segui pela Avenida Sarmiento em direção ao Monumento a los Españoles que está estrategicamente localizado em um lugar onde pode ser apreciado em toda a sua magnitude em longas distâncias e de ângulos diferentes.

Este monumento foi doado pela comunidade espanhola em comemoração do Centenário da Revolução de Maio (1910), no entanto, ele só foi de fato inaugurado em 1927. Feito inteiramente em mármore de Carrara e bronze, este impressionante monumento de quase 25 metros de altura, possui estilo art nouveau, e está estrategicamente localizado em um lugar onde pode ser apreciado em toda a sua magnitude em longas distâncias e de ângulos diferentes. É um símbolo da evolução da relação histórica entre Espanha e a Argentina, sendo o ponto de partida de uma reconciliação com a Espanha, depois de profundo sentimento dominante anti-espanhol a partir da Revolução.
Ao chegar ao Monumento, segui pela Avenida Libertadores e depois peguei a Avenida Casares para chegar até o Jardim Japonês, que é outro oásis de tranquilidade dentro da cidade. Os jardins são muito bem cuidados e toda a cultura oriental está muito bem representada no local.

O Belíssimo Jardim Japonês localizado no bairro de Palermo, em Buenos Aires, fica em uma região muito bacana porque engloba os famosos Bosques de Palermo, ou Parque 03 de Fevereiro, e hoje é considerado o maior jardim japonês fora do Japão. O Jardim foi construído no ano de 1967 para receber o príncipe herdeiro japonês, hoje imperador Akihito. Para conhecer esse agradável lugar, o modo mais fácil que achei foi de metro. Você vai pegar a linha D e descer na estação Plaza Itália, seguir margeando o zoológico pela Avenida Sarmiento e dobrar na Avenida Libertador. A entrada em outubro de 2016, estava 70 pesos. O Jardim possui diversas áreas: um local de cultivo de plantas, um restaurante, um lugar para comprar lembranças, e as diversas áreas para tirar ótimas fotografias e apreciar a cultura do Japão. O local é muito bem preservado e traz muita calma porque é muito silencioso. Vale muitíssimo a pena conhecer esse paraíso. Aos sábados, domingos e feriados, há visitas guiadas gratuitas às 11 hs.

Seguem abaixo, algumas fotos do Jardim Japonês para servirem de incentivo ao passeio:






Depois de uma hora e meia aproximadamente que fiquei no jardim, fui em busca de um outro lugar na região de Palermo, que estava com vontade de conhecer: o Planetário de Buenos Aires. Sai do Jardim pela Avenida Presidente Figueroa Alcorta em direção à Avenida Sarmiento. No caminho é possível apreciar algumas árvores bem bacanas como essas abaixo:

Um pouco mais a frente na avenida, e, ainda no bairro de Palermo, e bem pertinho do Parque 3 de Febrero, também conhecido como Bosques de Palermo, está o Planetário Galileo Galilei, construído entre os anos de 1962 e 1967, cujo projeto arquitetônico foi inspirado no planeta Saturno. Se você gosta de foto, e tiver disposição, pode visitá-lo a noite e ter uma grande surpresa por causa da iluminação. É realmente espetacular!
Durante o dia, além das fotos, você também pode visitar o planetário em seu interior e até mesmo assistir algumas apresentações, como a que eu assisti, que levou cerca de 45 minutos. Durante a apresentação não é possível tirar fotos, porque o ambiente é todo escuro e um filme sobre o sistema solar é passado em uma tela de 360º .
Essa é a cúpula do planetário onde são realizadas apresentações sobe diversos temas da astronomia. Eu aproveitei o dia para assistir "De la Tierra a Las Galaxias", e recomendo visitar o site para saber o horário e o dia da apresentação. Essa cúpula de 20 metros de diâmetro é semi esférica e com 360 poltronas reclináveis que emitem ondas conforme o que vai sendo passado nas projeções.




Finalizado o passeio no Planetário, parti para El Rosedal, que já tinha lido bastante sobre o lugar e suas lindíssimas flores. Apesar de não ser muito amante de flores, confesso que fiquei encantada com o lugar! Quantas variedades de cores e tipos, e tudo era tão organizado que era impossível não se apaixonar pelo lugar.
Mas antes de chegar ao El Rosedal, é possível encontrar alguns pontos legais, como por exemplo os das fotos abaixo:

Bem em frente à ponte do Paseo del Rosedal, e no meio do pulmão da Cidade de Buenos Aires, o Bosque de Palermo, encontrei o Museu Sívori. O espaço possui um acervo de mais de 4 mil peças de arte dos séculos XX e XXI, e exibe exposições temporarias. O local funciona de terça-feira a sexta das 12h às 20h e aos sábados e domingos a partir das 10h, estando fechado as segundas feiras. Há também um café que fica no patio das esculturas, e possui um cardápio que atende ao gosto de todos os visitantes, oferecendo desde pratos principais, lanches, a um simples docinho.
O da foto abaixo, não consegui identificar o que era, pois não havia nada identificando o lugar e estava fechado, mas, de qualquer forma fica o registro!

Da Infanta Isabel já é possível avistar a "Puente Blanco", que foi construída para cruzar o lago do Rosedal. Ela também é conhecida como "Puente Helénico" ou "Puente Griego", devido aos seus traços arquitetônicos.

Na primeira foto, a entrada para o parque pela Avenida Infanta e logo em seguida a visão do próprio paraíso!

Abaixo, seguem as fotos que eu tirei do parque:










Após tanto caminhar a fome bateu e resolvi procurar um lugarzinho para comer, e encontrei no Paseo de la Infanta, no bairro de Palermo, o Coronita. É um lugar ideal para comer pizzas, saladas, tortas e sanduíches. O local está a poucos passos do "Paseo el Rosedal", e possui um salão interior, bem descolado, com boa iluminação, e decoração rústica. Alem disso as luzes no teto dão uma luminosidade mais especial ao ambiente. Na área externa há mesas, cadeiras e guarda-sóis. O preço é bastante justo, mas alerto, que onde o bar esta instalado fica nos arcos de Palermo, por onde passam trens, então, de tempo em tempo você irá ouvir aquele barulho dos trens passando, mas nada que possa atrapalhar o ambiente!!!
Esse lugar fica no novo Polo Gastronômico do bairro de Palermo, que é muito encantador e agradável. O que era conhecido como o Paseo de la Infanta, tornou-se um novo centro gastronômico com uma variedade de propostas contra um dos mais pitorescos espaços verdes da cidade de Buenos Aires. Não só a localização é conveniente, também tem uma vista invejável lago. Rodeado por espaços verdes e ao ar livre como poucos. Há creperia, academia de ginástica, uma variedade de restaurantes, e sorveteria.





Embora eu estivesse no país dos bons cortes de carne, o fato de estar sozinha e não querer abusar, minha opção foi por algo mais leve, e tão saboroso quanto um prato de carne.

Depois de almoçar fui caminhar pelo parque próximo dos arcos, conhecido com Plaza de la Shoa, uma homenagem às vitimas do holocausto:


A obra consiste em um muro de de 39 metros com altura de 4 metros, formado por cubos que representam o número total de mortos aos atentados à Embaixada de Israel e Amia. Em cada bloco está estampado um desenho de algum objeto. A iluminação noturna no monumento é feita por luzes que ficam bem rentes ao chão com o propósito de lançar nos blocos a sombra da pessoa.



Depois de visitar o parque e render minhas homenagens às vítimas do holocausto e do atentado, fui para o Hipódromo de Palermo. Há muito tempo atrás, no coração do bairro Palermo, próximo ao que hoje são os Bosques de Palermo, havia um caminho conhecido como "Camino de las Cañitas", o que hoje é a grande Avenida Del Libertador. Por ali, entre o rio e o caminho, havia um canavial onde começaram as primeiras, e ainda informais, corridas de cavalos. Na primeira corrida do atual Hipódromo, o cavalo vencedor foi “Resbaloso” . Entre os inúmero visitantes mais regulares do hipódromo, estava Carlos Gardel, que era proprietário do cavalo “Lunático”, no qual ele até dedicou uma de suas músicas. O Hipódromo de Palermo não ficou apenas nas corridas de cavalo, inaugurou também um Cassino luxuoso contendo vários tipos de jogos. Além disso o Hipódromo também possui 09 restaurantes, sendo alguns com vista exclusiva para a pista.

Logo na entrada do Hipódromo está o cavalo Pégaso!




Localizado dentro do Hipódromo de Palermo, La Paris é um antigo e tradicional restaurante, inaugurado en 1912. O restaurante La Paris se destaca pela sua fachada, com um estilo francês e neoclássico, e por dentro um espaço moderno, sem, contudo, perder os detalhes da sua centenária história.
A cozinha oferece um menu gourmet de inspiração francesa. Os preços apesar de ser um restaurante mais Chiquinho não estão absurdamente caros: um prato "executivo" composto de entrada ou prato principal + sobremesa + Bebida sem alcool ou taça de vinho + café = 410 pesos, o equivalente a R$ 100,00 se o cambio estiver a R$ 4,00.

Perto ainda do Hipódromo também há bastante muros com grafites:



E assim termina o 5º dia!
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